O Julgamento do século:
E vamos abrir as feridas
mais uma vez
A mãe do artista, Katherine, processou a produtora AEG Live como sendo corresponsável pela morte de Michael, alegando que houve negligência na contratação do médico Conrad Murray para cuidar do cantor enquanto ele se preparava para uma série de 50 shows que não chegaram a acontecer.
A AEG Live diz que não contratou nem supervisionou o trabalho de Murray e alega que Jackson tinha problemas de dependência em remédios desde muitos anos antes de firmar contrato para a série de shows "This Is It", com a qual ele pretendia relançar sua carreira.
A produtora alega também que não tinha como antever que Murray poderia representar um risco para Jackson, que, sob a supervisão do médico, morreu em decorrência de uma overdose de analgésicos.
A mãe de Jackson, os dois filhos dele e o próprio Murray serão testemunhas no processo. O médico já foi condenado em 2011 por homicídio culposo.
A escolha dos jurados pode levar vários dias, e os candidatos são questionados quanto à sua capacidade de participar de um julgamento longo, e sobre até que ponto acompanharam o noticiário sobre a morte de Jackson e o julgamento de Murray.
A expectativa é de que o julgamento leve dois a três meses, e são esperados momentos emotivos nos depoimentos que remontem a conturbada vida do artista, morto aos 50 anos.
A juíza Yvette Palazuelos disse nesta terça-feira que irá reconsiderar um pedido das emissoras CNN e NBC para transmitir o julgamento ao vivo. Os advogados da família são favoráveis a isso, e os da AEG Live se opõem. A produtora também solicitou à juíza que proíba os advogados de ambas as partes de fazerem comentários à imprensa durante o julgamento.
Segundo o site de celebridades TMZ.com, Katherine Jackson e seus netos pleiteiam mais de 40 bilhões de dólares em indenizações da AEG Live. Advogados da produtora alegam que essa cifra é absurda, pois a carreira de Jackson àquela altura estava em declínio, segundo o TMZ.
(Reportagem de Jill Serjeant)