Os filhos de Michael Jackson
Por Kelly de Souza
Dúzias de artistas, intérpretes, compositores, grupos e produtores aprenderam tudo com Michael Jackson. De interpretar a dançar, a moçada em tudo o que faz revela alguma fagulha do DNA de Michael. Não são nem ruins nem bons, são apenas centelhas, franjas, estilhaços do que foi o fenômeno MJ. Talvez seja a primeira geração de “clones” do compositor, talvez já seja a segunda, não importa, estão por aí, nos bares, nas festas, na MTV, nos iPods, nos iPads, estão fazendo sucesso, ou estão fracassando, mas são sempre fiéis à “genética” do rei do R&B.
Ne-Yo é um deles. Aos 31 anos, Shaffer Chimere Smith (Ne-Yo é pseudônimo) já fez de tudo um pouco, mais ou menos como MJ fazia. Canta, dança, compõe, atua, já teve hits de sucesso (“Sexy Love”, “Miss Independent”), já foi chamado de fenômeno, já teve disco de platina, já foi primeiro lugar na Billboard 200 (2006, com seu primeiro disco, “In My Own Word”, e em 2007 com o álbum “Because Of You”) e já esteve até no Brasil (!)
Ele sapeca participações (ou pega carona) em trabalhos de vários outros artistas, como Rihanna, Keri Hilson & Kanye West, Mariah Carey, Beyoncé e por aí vai. Em 2010, seu single “Heroes” foi lançado com exclusividade na TV americana (adivinha onde?) no talk show de David Letterman, em uma ação filantrópica que promoveu 50 mil downloads gratuitos em prol de uma campanha contra a violência. Ne-Yo tem o jeitão de MJ, mas falta alguma coisa, falta… magia, graça, expressão e, claro, polêmica. ( Veja o vídeo “One In A Million” de Ne-Yo e compare (ou tente) com Michael ).
O que Michael tinha que eles não tem ?
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